Fia, lembrei desse texto que escrevi em maio de 2009, e resolvi trazer pra cá para dizer que meus desejos são desde sempre de amor e alegria.
Que o Sorriso seja constante e se multiplique, com paz e saúde pra você e para os seus.
Parabéns!
beijão.
O casamento do Sorriso
Sorriso disse “vou casar”, assim que me viu. Ri com Sorriso, certa de
que era a brincadeira do dia.
– Vou casar! Repetiu o Sorriso, com olhos de quem diz a mais pura
verdade.
Agarrei Sorriso de solavanco e dei abraço apertado, daqueles em que a
gente diz que ama, e entre trigo, ovos, bifes e farinha de rosca, conversamos.
Percebi, então, algo bem diferente naquele Sorriso que já conheço tão
bem: estava certo, sereno, confiante, calmo. Não havia dúvida. Não havia
hesitação. “Meu Sorriso cresceu”, eu pensava. Cresceu, e toma pelos braços pra
caminhar ao seu lado alguém que cresce também. Sorriso toma nas mãos o destino
tendo avaliado os riscos, como de costume; planejando os passos, como de
costume; mas certo de que está preparado para o incerto que por ventura venha,
pois sabe que vale a pena. Sorriso já sabe que o amor não é uma equação com
resultado exato, e portanto, o casamento não será.
Cresceu, meu Sorriso, e por isso as lagrimas que até agora me correm.
Lágrimas de alegria, por saber do tanto de amor que há, dele pra ela; dela pra
ele.
Vivenciamos uma alegria diferente, ontem. Havia uma energia nova no ar.
Era cheiro feliz de camarão ensopado da vovó Saló. Eram os olhos brilhantemente
encabulados do Alexandre, sorrindo uma alegria intima de quem volta à paz. Era
o ir e vir da Dona Fátima com o coração sossegado de feliz avó, por ver felizes
os seus.
O tradicional almoço de sábado da Vovó Saló teve gosto de quádrupla
comemoração. E é prenúncio de que ainda haverá muito mais pra se comemorar, e
agradecer. Afinal, Sorriso, de agora em diante, mais do que sempre, estará
conosco.