tag:blogger.com,1999:blog-36130966439524480132024-03-21T06:29:53.281-07:00Um jeito de vercrônicas, poemas e confissões.Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.comBlogger23125tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-70345076692721464002014-04-06T07:02:00.000-07:002014-04-06T07:06:11.951-07:00sonho para refletir<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.samauma.biz/site/images_news/maltrapilho.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://www.samauma.biz/site/images_news/maltrapilho.jpg" height="320" width="263" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem: www.samauma.biz</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há dias um sonho aparentemente simples revolve meus
pensamentos.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Parecia uma festa para meu pai, na praia. Eu cumprimentava
muita gente passando por mesas e por pessoas. Estava feliz e tranquila. Indo ao
encontro de meu pai um homem de uns cinquenta ou sessenta anos me aborda.
Bêbado, maltrapilho e cheirando mal. Segura meu braço e diz que me ama. Pude sentir
que ele não falava de amor de casal, mas lembrava de algum afeto passado, mas
esquecido. Mesmo assim eu tentava me desvencilhar desse homem desagradável.
Afinal, estava bêbado, cheirava mal. Num giro de corpo, tentando sair dele com
um sorriso amarelo, encontro meu pai que diz algo como: “minha filha, é nosso
amigo... ele disse que te ama, diga a ele também...”. Minha lembrança naquele
instante é de continuar desconfortável, mesmo com a presença de meu pai, e de
não querer retribuir àquela demonstração de amor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Este foi apenas um trecho do sonho. Acordei lembrando muito
mais da Tia Rosário que também estava lá e não dei importância ao que acabo de
relatar. Acontece que foi voltando à minha memória a imagem muito viva daquele
homem. Acabei entendendo então, que ali havia alguma mensagem pra mim e me pus
a pensar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alguém bêbado e maltrapilho tão diferente daquelas pessoas
que eu cumprimentava na festa falava de um amor por mim, e eu não estava
disposta a escutá-lo. Afinal, a única coisa que eu vi eram os andrajos. A única
coisa que eu sentia, era o hálito incômodo de álcool e o mau cheiro do corpo. Essas
impressões primeiras eram muito maiores do que o amor de que ele falava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já é possível, meus amigos, chegar a alguma conclusão?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quantas e quantas vezes deixamos que isso aconteça em nossas
vidas? Que a aparência nos impeça de ver o outro? Que a condição momentânea daquele
que se nos apresenta leva à condenação sumária de quem ele é? Do que “achamos”,
do alto da nossa arrogância que é nosso semelhante?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pude perceber ali o quanto é fácil amar os cheirosos, os que
nos riem seu polimento social, os que fazem o que esperamos que façam, os que
nos agradam ou bajulam. Mas é disso que o amor é feito?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Meu convite hoje é que pensemos em quantas pessoas temos
afastado do nosso convívio por qualquer dessas “inconveniências”. Poderia
enumerar aqui um série delas, das que identifiquei em mim e nos meus, mas
prefiro deixar aberta a reflexão. Não é fácil [e quem disse que seria?], mas tentemos
ver mais, e ver além. Que consigamos retirar as cascas e fruir o amor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
Paz e bem!</blockquote>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-30759314379289458272013-11-18T12:10:00.000-08:002013-11-18T12:10:31.917-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsSeFsxmAoRfL-_waxSvwOkcxa6jPmcH6d3mvC5iIdTk3f1thU9LJPKyrlDgVGHRk_jQ9T3_7CFIo9l6mqzgUAM222eUgKCJ0BLwrQ5g9lFzFGlGCFAYhVEcj9DvfMpFNU6x_H7DwPDA0/s1600/DSCF4098.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsSeFsxmAoRfL-_waxSvwOkcxa6jPmcH6d3mvC5iIdTk3f1thU9LJPKyrlDgVGHRk_jQ9T3_7CFIo9l6mqzgUAM222eUgKCJ0BLwrQ5g9lFzFGlGCFAYhVEcj9DvfMpFNU6x_H7DwPDA0/s320/DSCF4098.JPG" width="240" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: blue;">Fia, lembrei desse texto que escrevi em maio de 2009, e resolvi trazer pra cá para dizer que meus desejos são desde sempre de amor e alegria. </span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: blue;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: blue;">Que o Sorriso seja constante e se multiplique, com paz e saúde pra você e para os seus.</span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: blue;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: blue;">Parabéns!</span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: blue;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: blue;">beijão.</span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;">O casamento do Sorriso<span style="color: #444444;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Sorriso disse “vou casar”, assim que me viu. Ri com Sorriso, certa de
que era a brincadeira do dia. <span style="color: #444444;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
– Vou casar! Repetiu o Sorriso, com olhos de quem diz a mais pura
verdade. <span style="color: #444444;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Agarrei Sorriso de solavanco e dei abraço apertado, daqueles em que a
gente diz que ama, e entre trigo, ovos, bifes e farinha de rosca, conversamos. <span style="color: #444444;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Percebi, então, algo bem diferente naquele Sorriso que já conheço tão
bem: estava certo, sereno, confiante, calmo. Não havia dúvida. Não havia
hesitação. “Meu Sorriso cresceu”, eu pensava. Cresceu, e toma pelos braços pra
caminhar ao seu lado alguém que cresce também. Sorriso toma nas mãos o destino
tendo avaliado os riscos, como de costume; planejando os passos, como de
costume; mas certo de que está preparado para o incerto que por ventura venha,
pois sabe que vale a pena. Sorriso já sabe que o amor não é uma equação com
resultado exato, e portanto, o casamento não será. <span style="color: #444444;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Cresceu, meu Sorriso, e por isso as lagrimas que até agora me correm.
Lágrimas de alegria, por saber do tanto de amor que há, dele pra ela; dela pra
ele.<span style="color: #444444;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Vivenciamos uma alegria diferente, ontem. Havia uma energia nova no ar.
Era cheiro feliz de camarão ensopado da vovó Saló. Eram os olhos brilhantemente
encabulados do Alexandre, sorrindo uma alegria intima de quem volta à paz. Era
o ir e vir da Dona Fátima com o coração sossegado de feliz avó, por ver felizes
os seus. <span style="color: #444444;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
O tradicional almoço de sábado da Vovó Saló teve gosto de quádrupla
comemoração. E é prenúncio de que ainda haverá muito mais pra se comemorar, e
agradecer. Afinal, Sorriso, de agora em diante, mais do que sempre, estará
conosco.<span style="color: #444444;"><o:p></o:p></span></div>
Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-26647166396210357002013-05-22T12:26:00.000-07:002013-05-22T12:31:17.930-07:00Coleção de delicadezas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh22tER0WGcBa71FvfSPD4zGCM38UCe_qLtZWx4E9HmVIcdy4Cb6phLTe1Molo7CjYv410OXjz10f0Du7pHvl7wgOb6gj2rOiwgZoXp7n287dA2cyS-7dm8CmePRyjddCbOcBP1hK6gKH8/s1600/flores+no+port%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh22tER0WGcBa71FvfSPD4zGCM38UCe_qLtZWx4E9HmVIcdy4Cb6phLTe1Molo7CjYv410OXjz10f0Du7pHvl7wgOb6gj2rOiwgZoXp7n287dA2cyS-7dm8CmePRyjddCbOcBP1hK6gKH8/s320/flores+no+port%C3%A3o.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Descobri: sou colecionadora de delicadezas. E quanto mais
dessas joias vivo, vejo, e guardo, mais rica fico. A que ganhei essa semana
começou como agradecimento à Dona Saló no mural de Fátima Rabêlo, e me chegou
em abraço apertado e emocionado horas depois. Pouco importou se não conhecia
Gilka: um amor aos meus é como meu velho conhecido. E eu, naquele abraço, senti
como que parte da história daquela amizade <a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3613096643952448013" name="OLE_LINK2"></a><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3613096643952448013" name="OLE_LINK1">longeva</a>. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Gilka, que eu conhecia apenas pelas palavras de carinhos das
minhas sogras, um dia antes da partida da nossa querida, publicou fotos do
“balanço”, presente da Dona Saló para seus filhos. Quando soube da triste
notícia, contou emocionada sua chegada em casa com a filha nos braços, sendo
por ela recebida, e ouvindo “seja bem-vinda, Lucianinha, essa é a Vovó Saló”. E
ela foi para aquela jovem vizinha, por alguns anos, o que soube ser de melhor:
mãe!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como mãe foi de grande parte dos empregados, ajudando em sua
formação, estimulando-lhes o crescimento, como bem lembrou Sebastião -
ex-funcionário e hoje Advogado -, também um filho seu, como fez questão de
dizer no sepultamento quando rendeu homenagens a ela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mãe do morador de rua, que mesmo com muita dificuldade de
locomoção subiu dois lances de escada apenas para se despedir, como disse,
daquela que “muitas vezes matou minha fome”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Era como mãe que acolhia. Que alimentava quem tinha fome.
Que acalentava quem tinha medo. Que abrigava quem precisa. Que aninhava suas
joias preciosas, seus filhos, netos, bisnetos e tataraneta a quem amava. Que me
transformou em filha. Que viveu, como poucos, a doação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Das delicadezas que pude guardar desses dias, e que vai
ficar em destaque no meu coração, uma ficou mais forte, talvez porque
represente bem um sentimento que me é tão caro: as flores penduradas ao portão.
Foi uma forma de retribuir e agradecer algum gesto de bondade dela. Representam
gratidão, por certo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essas pequena demonstrações de carinho é que confortam o
coração de quem ama e sentirá tantas saudades, bem como a certeza da missão de
semeadura de amor e generosidade, cumprida. E nossa querida Saló cumpriu essa
missão com louvor!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-50050269706224332032012-10-01T09:21:00.000-07:002012-10-01T09:21:19.681-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYJjniitOjllv3LG7sxT50ZnsIwO_M8CrlDX2nCDz_9dxE5pyEkJOp0nNnmx6G-Kl6ybaX_iNtnihV7AgnzB2n2ze6Ww154p8V0UEZX6h6-2_PlMWQOZ6KD61YVkZ1o1ArbVo5YGT2NM4/s1600/santa_teresinha_jesus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYJjniitOjllv3LG7sxT50ZnsIwO_M8CrlDX2nCDz_9dxE5pyEkJOp0nNnmx6G-Kl6ybaX_iNtnihV7AgnzB2n2ze6Ww154p8V0UEZX6h6-2_PlMWQOZ6KD61YVkZ1o1ArbVo5YGT2NM4/s1600/santa_teresinha_jesus.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em nossa cultura a devoção a um Santo parece estar sempre muito ligada a pedidos de graças. Foi assim também que Santa Teresinha me chegou. Eu estava triste com tantas tentativas frustradas de realizar meu sonho de ser mãe, e de ver que cada vez mais as coisas se complicavam nesse sentido, e uma colega de trabalho [que hoje posso dizer, amiga], perguntou-me se eu tinha fé. Disse que sim, e ela me falou de Santa Teresinha, e de como nunca fora desamparada num pedido a ela, ainda que fosse dando a conformação e compreensão de que o que pedia não era o seu caminho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />De imediato pensei que não era justo eu me aproximar de uma santa só para pedir alguma coisa para ela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Contudo, no dia seguinte, fui surpreendida por uma imagem da Santa no facebook. Achei curioso, mas ignorei. No segundo dia, uma outra amiga postou um texto agradecendo a Deus e à santa por um bem em sua vida. Aquilo começou a me chamar a atenção. E no terceiro dia isso aconteceu mais uma vez. Para essa terceira pessoa, a Ana Emília, que eu só conhecia pelo twitter e facebook, envie uma mensagem agradecendo, e contando que compreendi o chamado. Ana respondeu que no domingo seguinte deixaria em minha casa a Medalha Milagrosa de Santa Teresina que trouxera do Seu Santuário em Lisieux.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Uma onda enorme de amor e gratidão me tomou naquele momento. Imagine a alegria de ter para si a delicadeza de um presente como esse de alguém que conhece apenas pela internet? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Esperei ansiosa pelo domingo, e tive naquele abraço e naquele presente a confirmação de que minha vida mudaria a partir dali.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Assim é que daquele momento em diante, conhecendo a florzinha do Carmelo, eu que andava tão afastada de Deus senti-me completamente acolhida. Foi assim que daquele momento em diante, eu que tomava remédios para controlar a ansiedade, nunca mais senti aquela angústia horrorosa que sempre me acompanhou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Quanto mais conheço e compreendo a doutrina de Santa Terezinha, mais paz sinto. Sua lição é de simplicidade, abandono, confiança e amor, e é dessa forma que pretendo pautar minha vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Curioso como tendo sido educada numa família católica, tendo estudado em colégio de padres, tendo sempre estado em meio às palavras de Deus só agora eu sinta que verdadeiramente o encontrei. Não aquele Deus que quer de mim o sacrifício, a submissão, mas aquele que espera de mim o amor, que quer de mim o exercício pelo do afeto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Hoje se comemora o dia de Santa Terezinha, e rogo a ela que continue a derramar sobre nós sua chuva de rosas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-89810941330962949372012-07-07T07:18:00.001-07:002012-07-07T07:18:34.669-07:00Amizade<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Olhando assim essas duas fotos
juntas, tive a dimensão da grandiosidade do que significa ter amigos que te
acompanham desde a infância. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Hoje tem a Tatiana morando no
exterior, Janaína no sul do Brasil, e Valéria um pouco mais distantes, mas
sabemos que quando nos encontrarmos de novo, como aconteceu em 2009 quando essa
última foto foi feita, será como sempre foi, desde que corríamos as olimpíadas
da Campos Sales, e nos reuníamos no clubinho cuja sede era minha casa. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Sabemos que vamos rir relembrando
todas aquelas velhas histórias que ninguém se cansa de contar e de escutar. Que
vamos perguntar um do outro, não pra saber se um tem mais ou menos ‘sucesso’
(sic), mas porque verdadeiramente torcemos por nossas felicidades.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Ainda somos aquelas mesmas
crianças que brincavam, brigavam, e aprendiam uns com os outros. E somos amigos
leais. E estaremos um dia com nossos filhos, torcendo pra que eles não aprontem
metade do que aprontamos, mas pra que construam amizades como essas que se tem
pra uma vida inteira.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Somos afortunados.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ0aMyLcVgMcJgTvgt2qydTX-xPi417JQc9yXJH6TS7LQuTYuqmenmpy-jDdkSBTzhz4Iu5LzqUmUiT_UFapTMJGwGPQgJLKR-H40kN9yzpQS5Urw4JkyRbvSgzsB4gDAwmCgv4KZq0f8/s1600/inf%25C3%25A2ncia1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ0aMyLcVgMcJgTvgt2qydTX-xPi417JQc9yXJH6TS7LQuTYuqmenmpy-jDdkSBTzhz4Iu5LzqUmUiT_UFapTMJGwGPQgJLKR-H40kN9yzpQS5Urw4JkyRbvSgzsB4gDAwmCgv4KZq0f8/s320/inf%25C3%25A2ncia1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Calibri;">Essa foto deve ser de 1985 ou até
87. Esmaeci os outros da foto pra destacar quem continua nessa empreitada de
amizade. Da esquerda pra direita, os mais altos: Valéria e Luizinha; Lívio
Bruno (primo), Jordan (irmão), eu (A mudêla! Kkk) e Janaína; em baixo, Paulo
Eduardo, Amanda (irmã) e Tatiana (de franja).<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQMdJrhdjgoEe3Z1A8XFpm7iL9MoFiaWJvnuboohl81WOC94y8D4yDYLWxIsnjJC3PdFyk67u0JZ3mNUw3ByaavyLsZ8oVUw-1akhmz06ZbTtYgWHgCV4lbg-PO4HPnHb0NaAMIuUn_ew/s1600/407626_2218603484151_25342956_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQMdJrhdjgoEe3Z1A8XFpm7iL9MoFiaWJvnuboohl81WOC94y8D4yDYLWxIsnjJC3PdFyk67u0JZ3mNUw3ByaavyLsZ8oVUw-1akhmz06ZbTtYgWHgCV4lbg-PO4HPnHb0NaAMIuUn_ew/s400/407626_2218603484151_25342956_n.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: small;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Calibri;">Foto feita em 2009. Jordan
mostrando as mãos; da esquerda, Valéria, Janaína, Amanda e Cezário (que não
estava na foto anterior, mas também é das anteras); Luizinha, Tatiana, Paulo
Eduardo e eu lá em baixo sendo esmagada de tanta alegria.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: small;">
</span></div>
<h2 align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
Ô saudade, viu?<o:p></o:p></h2>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-66640268198819649462012-02-24T03:49:00.000-08:002012-02-24T03:49:29.029-08:00Da fraqueza a força<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1fDwHHwX_zzOnAY2Nj_L1IUmwOjEgrfFVSqITlDBbL10uIxbAfB1PqMH_l6JNVukIecOeD6jWQNyivNGavClcc_dBV-RwL7ssU9aWhZyGpUyElJrKccE8ZCMDIt0YUQqZPL5qPi8X69E/s1600/DSCF3738.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1fDwHHwX_zzOnAY2Nj_L1IUmwOjEgrfFVSqITlDBbL10uIxbAfB1PqMH_l6JNVukIecOeD6jWQNyivNGavClcc_dBV-RwL7ssU9aWhZyGpUyElJrKccE8ZCMDIt0YUQqZPL5qPi8X69E/s320/DSCF3738.JPG" width="240" /></a>Ontem, enquanto pensava nas transformações que aconteceram em mim, em meu marido e nas nossas vidas, e agradecia a Deus por isso, lembrei de um dito popular que minha avó usa bastante: “é preciso fazer da fraqueza a força”.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Foi o que nós fizemos. Melhor, o que temos feito: transformar a fraqueza em força. A confortável cadeira do comodismo por anos foi nosso assento. Não éramos quem queríamos, não estávamos na situação em que sonhamos, mas, vítimas da vida, remoíamos as oportunidades perdidas, como quem está no fim do caminho.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não saberia precisar em que momento o prego em que estávamos sentados doeu insuportavelmente ao ponto de nos fazer levantar, mas aconteceu. Não saberia enumerar quantos, nem quais fatores nos levaram a transformar a insatisfação em ação, mas transformamos. O fato é que passamos a nos entender como sujeitos ativos das decisões, dos rumos, dos caminhos a trilhar. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Falo por nós dois porque fizemos isso juntos, de maneiras diferentes, e em tempos diferentes, respeitadas as nossas inúmeras diferenças, mas fizemos juntos. Quando um esmorecia, o outro incentivava. Quando um caía, o outro acudia. Quando um chorava, o outro consolava. Quando um conquistava, o outro aplaudia.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sei que das muitas coisas que percebemos, uma foi a clara diferença entre as pessoas que fazem das dificuldades e do passado um confortável sofá, das que usam os problemas como tiro de largada. Apenas uma chega a algum lugar: quem parte, quem empreende a busca. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Saber disso não torna as coisas mais fáceis; pelo contrário. Transformar a fraqueza em força demanda mais do que vontade: demanda esforço. E o esforço precisa ser constante, consciente. E pra que ao final não reste apenas o cansaço é preciso ter propósitos claros, para que seja clara a certeza de ter alcançado o objetivo pretendido.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Agradeci ao Pai por todo o aprendizado. Por todas as metas alcançadas. Por todas as novas metas traçadas. Pela nossa união, pela nossa família, pelos nossos amigos, que são estímulo, apoio, alegria, exemplo. Agradeci a Deus a benção de ser eu, e de tê-lo como marido. Agradeço por estar de pé, atenta, alerta, lutando pelo meu bem e o bem dos meus, fazendo minha parte, arando meu campo mantendo a fé de que a chuva continuará a cair.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[texto escrito em 2008, que hoje, 24 de fevereiro de 2012, revivo, por ser nosso aniversário de casamento. Esta é uma das coisas de que mais me orgulho em nós: companheirismo.]</div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-31727437410259847432011-11-17T02:24:00.000-08:002011-11-17T02:24:39.028-08:00Mote: ação<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Motivação. Encarei a palavra escrita em um pedaço de cartolina posto em minha frente. Arregalei os olhos enquanto erguia um pouco mais o tronco, com as pernas cruzadas. Tentava entender não o que ela queria me dizer, mas o que ela queria que eu dissesse. Então me dei conta de que não haveria onde marcar meu “xis”: a resposta era subjetiva demais. Começava a entender – acho – que eu estava sendo incitada a pensar sobre o assunto. Quais eram as razões de ser? Que papel tinha em minha vida? Quais as justificativas para determinadas atitudes? </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Uma quantidade enorme de interrogações foi se formando em mim. Mas pouco a pouco fui percebendo que era sobre “ação” de que se falava; ou melhor, dos motivos que levam à ação: de que motivos me levam, ou me levarão a me manter em ação.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Muitas coisas têm mudado em minha vida, e saber agir, sair do plano das idéias e colocar os sonhos em prática é uma delas. Mas embora eu já tenha conseguido mover as engrenagens certas aqui dentro para determinadas atitudes, algumas permanecem enferrujadas. E o que vai me levar a encontrar o ponto certo? Onde está o fio solto, o parafuso frouxo ou o dente quebrado? E como manter meu motor lubrificado o suficiente para que ele continue em ação?</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Se fosse simples como saber que há um óleo para freio, outro para motor... e que óleo Singer servisse pra gente tão bem como pra maçanetas... mas são tantas coisas burilando dentro da gente; são tão diferentes em tipos e intensidades; tão diversas em cada um de nós, que só é possível dizer que o que serve para mim não necessariamente vai servir para você. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Eis a chave: olhar para dentro, estar atento, manter-se desperto. Saber, mesmo que de uma forma geral, como funciona; e assim poder acionar os mecanismos certos. Não nos reduzo a uma máquina, apenas tento ilustrar como tenho me sentido: descobrindo meu manual de instruções. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O mote para a mudança, desde o começo, é a ação. A necessidade dela, a dinâmica dela. A razão de agir pode ser diversa em cada um, e pode ramificar de formas diferentes. Eu sei o que me move, e não descobri no Google, como descobri a autoria da frase que há tempos repito: “o amor me move: só por ele eu falo”, atribuída a Dante Alighieri ― descobri na eugenia, na herança que carrego no meu “número de série”. É de família; tanto herdado, quanto ensinado, e aprendido. </span> </div><div class="MsoNormal"> </div><blockquote class="tr_bq">O texto é antigo, mas continua a me servir. E continuo a descobrir, com alegria, o meu Manual de Instruções.</blockquote><div class="MsoNormal"> </div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-22571047921273190122011-08-10T07:45:00.000-07:002011-08-11T17:27:27.726-07:00das coisas que desgosto<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;">Ando tomada de um cansaço que consome até as palavras. Cansaço de buscar aquelas que seriam capazes de traduzir a extenuação em que me encontro. É o dia que começa com dor de cabeça, se enche de felicidade e esperança e volta a padecer do cansaço dos dias iguais em suas idas e vindas. Tantos dias carecedores da constância que equilibra e conforta. Minuto feliz, com as possibilidades de vencer os obstáculos; momentos de profunda gratidão por tudo o que tenho e por tudo o que amo; horas cheias do atarefado ócio de quem tem sempre muito que fazer, e nada vê pronto.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;">Cansaço corrosivo por todos os dias precisar vencer a própria inércia e dar o primeiro passo, como se cada baforada de ar que colocasse para dentro fosse consciente e trabalhosa. Como se cada ínfimo pensamento fosse uma centelha, e que todos eles juntos fosse um caldeirão hermeticamente fechado e pronto para explodir. Cansada até mesmo de ver felicidade nisso tudo, e de rir dos meus problemas, tropeços, quedas, topadas e equívocos. Cansada de ver quem amo trilhar caminhos tão fáceis quanto perigosos, e cansada de me importar com isso.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;">Todo dia um leão. Melhor, uma leoa. Todos os dias luto comigo e não sei se venço ou perco. Apenas sei que sobrevivo, e sobreviver às vezes cansa.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;">Das coisas que desgosto, essa que agora exercito é das piores: a amargura. Quase sempre proíbo com vigor que ela se manifeste em mim, e enfio um pouco mais para dentro para ver se passa. E não passa. E o eu “Poliana” dos livros da adolescência me toma e me aquieta. Assim, digo todos os dias que há milhões com tantos e piores sofrimentos que eu, e tiro de mim o direito de lamentar, praguejar e maldizer. Dessa forma tiro de mim a oportunidade de exorcizar, de esvaziar meu peito dessa angústia infinita de viver me perdendo e me encontrando. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span style="color: #17365d; line-height: 115%;">Lembrei das palavras do Quintana: “</span><span class="apple-style-span"><span style="color: #17365d; line-height: 115%;">A nós bastem nossos próprios ais, Que a ninguém sua cruz é pequenina. Por pior que seja a situação da China, Os nossos calos doem muito mais...” e resolvi dedicar aos meus dolorosos calos essa lástima. <o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;">Resolvi hoje pensar em mim e doer minha dor. Resolvi me encher da humanidade e fragilidade dos que sucumbem a ela. Resolvi que é desumano eu tentar sempre ser positiva e operante, e que se não há esse ser vivente que enfrente tudo sem vacilar ou sofrer, não preciso pretender aparentar – embora essas palavras tenham me soado mal juntas – o contrário. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;">Sorrio, brinco, choro, sofro, empino o nariz, estufo o peito, gargalho, caio e tropeço. Assim, tudo junto. E, agora, acabo de descobrir, sou capaz – e bem capaz – de ser amarga e mesquinha. Melhor, sempre fui capaz de sê-lo. Melhor ainda: sempre fui, e agora sou só mais capaz de admitir. Meus calos doem mais que os seus porque doem em mim. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;">Sinto tudo ficando mais leve.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 115%;">Sinto a menina saída do confessionário rezando suas três ave-marias e seu pai-nosso. Só não é em penitência; é em agradecimento pela folha em branco que me redime. <o:p></o:p></span></span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="color: #17365d; font-size: large; line-height: 18px;"><br />
</span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="color: #17365d; font-size: 16px; line-height: 18px;"><br />
</span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="color: #17365d; font-size: 16px; line-height: 18px;"><br />
</span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="color: #17365d; line-height: 14px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i>o texto não é novo, o sentimento também não é.</i></span></span><span class="Apple-style-span" style="color: #17365d; font-size: 16px; line-height: 18px;"> </span></div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-72030690057206415432011-05-24T08:03:00.000-07:002011-05-24T08:04:43.389-07:00Caçador de si<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsBQoHKZVHhsOtpjaDUOvF6KsgcRu0kM8ytMyf0fNwxYWjtIcvyW6tH60e_u1UVL6lywQIKCCQuV8kVY799BoE8EewdPx0pJ6x3yfHbPhxY38NXxM5of5Sg5QvyojvnQPZw3yevM0EWd8/s1600/DSCF0132.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsBQoHKZVHhsOtpjaDUOvF6KsgcRu0kM8ytMyf0fNwxYWjtIcvyW6tH60e_u1UVL6lywQIKCCQuV8kVY799BoE8EewdPx0pJ6x3yfHbPhxY38NXxM5of5Sg5QvyojvnQPZw3yevM0EWd8/s200/DSCF0132.jpg" width="150" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Hoje é aniversário daquele que me apaixona e encanta, alegra e orgulha, assusta e admira. Vejo o mesmo homem de dez anos atrás e ele é tão perturbadoramente o mesmo, mas tão desafiadoramente diferente...<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Continua a ter os olhos curiosos de criança - incapazes de esconder o que sentem. Mas também ganhou no brilho a serenidade de quem sabe o que quer, com a segurança de quem tem nas mãos uma bússola e no coração uma certeza.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Meu amor é samba de poesia tão simples quanto sábia do Cartola; feito da pureza das coisas brutas que prescindem do lapidar que falseia seu valor. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Posso vê-lo no Clube da Esquina, curvado sobre seu violão canhoto cantarolando “<span class="apple-style-span"><span style="color: #555555;">Se já nem sei</span></span><span style="color: #555555;"> o<span class="apple-style-span"> meu nome, se eu já não sei parar...”</span></span>, agudo e arrastado na suave melodia de Manuel Audaz. Mas não carrega só a melancolia típica dos poetas, e a introspecção dos mineiros: tem a perseverança dos que quietos trabalham pelo porvir tendo no coração o moleque que vence a porteira, ou alcança a janela.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ele é violão dedilhando Lô Borges. É o som negro de Cassiano, a versatilidade de Ed Motta, e a diversa musicalidade de Djavan. Ele é Gilberto Gil e sua impossibilidade de definição.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Alexandre, meu amor, é música.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É o pulsar da Timbalada, a bandeira e a mistura do Chico Sciece; É a quietude de Sá e Guarabira tanto quanto Beatles, Queen, Iron Maiden, Steve Wonder e Dave Matthews. Tem a inquietação do Ira, dos Paralamas, dos Titãs... É Caetano cantando “quero um baby seu”, Ivan Lins em “guarde nos olhos”, João Bosco e sua “memória da pele”. É “tonelada de desejo” do Bronw, a ladainha do “vestido de chita” de Daniela Mercury, e o “Assum preto” do Gonzagão.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Meu amor, Alexandre, é sobretudo, música. E uma é mais do que as outras: Caçador de mim. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ali o vejo definido: doce ou atroz, manso ou feroz, entregue a paixões, movido por elas. Vejo nele a incessante busca por si mesmo cantada por Milton Nascimento. Ele repete que não há nada a temer senão o correr da luta; que não há nada a fazer senão esquecer o medo. E assim tem ido longe. Assim tem sonhando em ir além. Assim tem superado medos, incertezas, obstáculos. Assim tem se descoberto mais que caçador: vencedor. Não aquele que ergue o troféu, mas aquele que já venceu a si mesmo na luta pelos primeiros passos.</div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">Meu amor é minha trilha sonora.</div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-8034524394904209772011-05-08T13:09:00.000-07:002011-05-08T13:09:27.688-07:00Por ela, Luísa.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj944tVB4fFhbRxZ2OIjtsWlA-qODGYoEIrfpL1-yjcpXrd-h5rq3_S7twFvwbYilRjUxrGWPkEOQ6l_FK7susQNk97gJC5N6b-AMGIlsNM4n0Jdj0hqTxLGJ64KRSniw_NkuFo2X_erEE/s1600/para+o+texto.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj944tVB4fFhbRxZ2OIjtsWlA-qODGYoEIrfpL1-yjcpXrd-h5rq3_S7twFvwbYilRjUxrGWPkEOQ6l_FK7susQNk97gJC5N6b-AMGIlsNM4n0Jdj0hqTxLGJ64KRSniw_NkuFo2X_erEE/s320/para+o+texto.JPG" width="240" /></a></div><br />
<div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: x-large;">Há muito era anunciado que dali por diante, tudo seria por ela. Na barriga, ouvia o ninar da canção que inspirou seu nome: Luísa. Fora do ninho da mãe, aconchegada pela primeira vez no ninho do pai, ouvia a conhecida cantiga. </span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: x-large;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: x-large;">Mamãe da cama acompanhava o ir e vir do papai com a cria nos braços. Mãos grandes de delicadeza. Braços fortes de vencer a vida em nome dela. Já se sabia, mas naquele instante tudo se tornava mais claro e real. </span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: x-large;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: x-large;">Um rir de olhos, uma voz de veludo, e papai arrumava jeito de acomodar nos braços sua maior riqueza. E se ouvia o cantar doce de Chico... e se se pudesse apurar um tanto mais os ouvidos, ouvir-se-ia também o coração da mamãe em sossego, o coração do papai em compasso, e o coração da Luísa, em sua certeza-anjo de estar em bons braços.</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: x-large;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: x-large;">Por ela. Por ela, e para ela. De sempre, e mais adiante, o amor se desdobrará em cuidados cotidianos, e em tudo o mais enquanto possa, para que ela durma e viva em paz.</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />
</span></div><blockquote><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><i>Luísa é filha do meu enteado Alexandre Júnior, e da minha amiga Ana Izabel. </i></span></blockquote><blockquote><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><i>E é dando o "Primeiro Feliz Dia Das Mães" para essa mamãe, que homenageio todas as outras. </i></span></blockquote><blockquote><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><i>Paz e Bem!</i></span></blockquote><blockquote> </blockquote><blockquote> </blockquote>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-10821532106719109312011-04-18T13:02:00.000-07:002011-04-18T13:02:26.038-07:00Amor de picadeiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijO4rXXhAFtdlI9QckIjjQ3mbiRrhuo8Hz0nv1cUIiTRB4m2EcD_Y420UMz5E0CrbqG-y607138adbdVwyaIsjhFyyCgMBqzVGjS4foyHeW-qFs1RS23AU-4LKQlBVNXRx2lQR2ky393w/s1600/circo-zanni-picadeiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijO4rXXhAFtdlI9QckIjjQ3mbiRrhuo8Hz0nv1cUIiTRB4m2EcD_Y420UMz5E0CrbqG-y607138adbdVwyaIsjhFyyCgMBqzVGjS4foyHeW-qFs1RS23AU-4LKQlBVNXRx2lQR2ky393w/s320/circo-zanni-picadeiro.jpg" width="240" /></a></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 122.25pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 19px; line-height: 21px;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Amo-te tanto, amor, que por vezes em mim gira a alegria bailarina de piruetas. Amo-te tanto, que meu peito por horas se faz picadeiro tomado por palhaços, equilibristas e malabaristas. Amo-te tanto, amor, que por dias ouço o dobrado anunciar o perigo, e rio a ansiedade do ápice do espetáculo: ―Rufem todos os tambores, que meu amor me chega, e a cada segundo é como chegasse, e a cada segundo é como se de novo chegasse, e a cada segundo, espero que ele de novo chegue. E eis que surge, criança grande rindo lábios e olhos, prometendo-me felicidade de cócegas.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Amo-te assim ― tanto ―, amor, que me faço pequena expectadora arquibancada no espetáculo de te amar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 245.25pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><o:p></o:p></span></div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-40720027123244302382011-03-10T17:57:00.000-08:002011-03-10T17:57:21.293-08:00Descor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWw62CS7tVV0PIxfKYR1d2sVEX5WLFX1Sw_j9Eh9uPTpWnABJr76NRwgcXkvjrtwjHAcWfrMj0gKj0qs-CIvlOl3wkwHsBbi8SXv8vqGRGO4Jyy8qOOQhFYKnFUV6BI56-yz5pt-Jjtdw/s1600/dia+cinza%255B1%255D.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWw62CS7tVV0PIxfKYR1d2sVEX5WLFX1Sw_j9Eh9uPTpWnABJr76NRwgcXkvjrtwjHAcWfrMj0gKj0qs-CIvlOl3wkwHsBbi8SXv8vqGRGO4Jyy8qOOQhFYKnFUV6BI56-yz5pt-Jjtdw/s1600/dia+cinza%255B1%255D.JPG" /></a></div><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">Sobra cinza no dia. Descorada alegria desbotou. Mais. Ainda mais. Cor de junção de chão. Quina de móvel há anos imóvel. Esquecido no lugar. Cinza sombra de tempo. Palavra rabiscada a grafite. Despelando do corpo das coisas ditas. Esmaecida. Desconjuntada. Isolada. Perdida do que foi. Poeira do que sobrou. Cinza poeira da brasa que ardeu. Um dia ardeu. Sopra. Sopra. Assopra. Nada. Dança cinza fecha a cortina. Nada. Nem pingo. Nem vermelho. Nem laranja. Nem amarelo. Nem esperança de cor no carvão. Melou. Olho cinzento d’água. Do que foi, do que poderia ser, do que teria sido se não fosse... se não fosse adeus.</span></div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-29994570339685973782011-02-17T16:22:00.000-08:002011-02-17T16:22:26.750-08:00SEGUNDA: FÁCIL – Jota Quest<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/pLDLL0Y3vFc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div align="right" style="line-height: 10.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;"><span style="color: #555555; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 8.0pt;">Tudo é tão bom e azul<br />
E calmo como sempre<br />
Os olhos piscaram de repente<br />
Um sonho<o:p></o:p></span></div><div align="right" style="border-color: initial; border-style: initial; line-height: 10.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;"><span style="color: #555555; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 8.0pt;">As coisas são assim<br />
Quando se está amando<br />
As bocas não se deixam<br />
E o segundo não tem fim<o:p></o:p></span></div><div align="right" style="border-color: initial; border-style: initial; line-height: 10.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;"><span style="color: #555555; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 8.0pt;">Um dia feliz<br />
Às vezes é muito raro<br />
Falar é complicado<br />
Quero uma canção<o:p></o:p></span></div><div align="right" style="border-color: initial; border-style: initial; line-height: 10.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;"><span style="color: #555555; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 8.0pt;">Fácil, extremamente fácil<br />
Pra você, e eu e todo mundo cantar junto<br />
Fácil, extremamente fácil<br />
Pra você, e eu, e todo mundo cantar junto<o:p></o:p></span></div><div align="right" style="border-color: initial; border-style: initial; line-height: 10.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;"><span style="color: #555555; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 8.0pt;">Tudo se torna claro<br />
Pateticamente pálido<br />
O coração dispara<br />
Se eu vejo o teu carro<o:p></o:p></span></div><div align="right" style="border-color: initial; border-style: initial; line-height: 10.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;"><span style="color: #555555; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 8.0pt;">A vida é tão simples<br />
Mas dá medo de tocar<br />
As mãos se procuram sós<br />
Como a gente mesmo quis<o:p></o:p></span></div><div align="right" style="border-color: initial; border-style: initial; line-height: 10.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;"><span style="color: #555555; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 8.0pt;">Um dia feliz<br />
Às vezes é muito raro<br />
Falar é complicado<br />
Quero uma canção<o:p></o:p></span></div><div align="right" style="border-color: initial; border-style: initial; line-height: 10.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;"><span style="color: #555555; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 8.0pt;">Fácil, extremamente fácil<br />
Pra você, e eu e todo mundo cantar junto<br />
Fácil, extremamente fácil<br />
Pra você, e eu, e todo mundo cantar junto<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Esta foi, na verdade, a primeira música que chamamos de “nossa”. Quando nos conhecemos, esta era a música mais tocada nas rádios e festas de Teresina. E virou nossa marca. E todas as vezes em que a gente se desentendia (e não eram poucas), ela tocava. A gente se olhava, sorria, e fazia as pazes. Era uma espécie de sinal. Coisa tola de gente apaixonada, claro, já que era natural que a música de maior sucesso no Brasil naquele ano, tocasse o tempo todo. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Parecia falar da gente. Nos sonhos, na urgência do amor que parecia não ter tempo de esperar. No coração em disparada em todos os encontros. E o nosso desejo de que tudo fosse “fácil, extremamente fácil”. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Hoje, quando toca “fácil”, a gente ainda se olha com aquele mesmo olhar de cumplicidade, e ri, lembrando do tempo em que pensava que ela tocava só pra gente.</div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-39802481158600161572011-02-15T10:21:00.000-08:002011-02-15T10:22:16.942-08:00"razão pra poder seguir"<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><strong><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; font-family: Calibri, sans-serif; font-weight: normal; letter-spacing: 0.85pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><br />
</span></i></strong><br />
<strong><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; font-family: Calibri, sans-serif; font-weight: normal; letter-spacing: 0.85pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><br />
</span></i></strong><br />
<strong><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; font-family: Calibri, sans-serif; font-weight: normal; letter-spacing: 0.85pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;">Semana que vem é nosso aniversário de casamento. Cinco anos. Em maio, dez anos juntos. Desde o dia em que nos conhecemos, lá se vão quase doze anos.<o:p></o:p></span></i></strong></div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><br />
</div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><strong><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; font-family: Calibri, sans-serif; font-weight: normal; letter-spacing: 0.85pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;">Como a música sempre foi um elo, e uma forma de comunicação pra nós, mesmo quando não estivemos juntos, vou comemorar nosso aniversário postando algumas músicas que foram marcantes, e porque não dizer decisivas, nas nossas vidas, na nossa história.<o:p></o:p></span></i></strong></div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><strong><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; font-family: Calibri, sans-serif; font-weight: normal; letter-spacing: 0.85pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><br />
</span></i></strong></div><div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><strong><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; font-family: Calibri, sans-serif; font-weight: normal; letter-spacing: 0.85pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"></span></i></strong></div><a name='more'></a><strong><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><br />
</i></strong><br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><strong><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; font-weight: normal; letter-spacing: 0.85pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"></span></strong></div><div style="font-family: Calibri, sans-serif; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; font-family: Calibri, sans-serif; letter-spacing: 0.85pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;">A PRIMEIRA: <b>ROUXINOL </b><i style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></i></span></div><strong> </strong><br />
<div style="font-family: Calibri, sans-serif; font-style: italic; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><strong><br />
</strong></div><div style="font-family: Calibri, sans-serif; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Alexandre dizia que eu era para ele como o rouxinol para Milton Nascimento, que explica a canção em </span><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">entrevista concedida a Márcio Borges publicada originalmente no livreto da Coleção Milton Nascimento – Uma Travessia de Sucessos, produzida por Seleções Reader´s Digest</span>.</span><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; font-family: Calibri, sans-serif; letter-spacing: 0.85pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><o:p></o:p></span></div><div style="font-family: Calibri, sans-serif; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><strong><span class="apple-style-span"><i><br />
</i></span></strong></div><div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><strong><span class="apple-style-span"></span></strong></div><div style="margin-bottom: 8.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"></div><blockquote><div style="text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="letter-spacing: 0.85pt;">BITUCA – Rouxinol foi uma época que eu estava de mal comigo, a vida estava de mal de mim, uma coisa assim, e eu tinha resolvido que ia cantar pela última vez num show. Mas eu não queria fazer igual vários artistas que falam que vão abandonar e acabam não abandonando nada. Eu tinha marcado o show, era um show com a Jazz Sinfônica de São Paulo, os Rouxinóis de Divinópolis e os Curimins de Belo Horizonte, que são corais infanto-juvenis. Aí, naquela noite foi uma coisa, que nesse show eu não cantava Travessia, mas naquela noite resolvi cantar no bis, e foi uma coisa incrível, porque um dos meninos ficou me encarando enquanto eu cantava, em vez de ficar olhando pra frente como os outros meninos. E aquilo foi me incomodando, e ao mesmo tempo que me incomodava, foi a primeira vez que eu cantei Travessia passando a música como um filme de minha vida, e quando eu acabei, foi uma coisa muito forte, porque ninguém nunca me viu cantar Travessia daquele jeito, eu nem lembro como eu cantei, só sei que foi uma coisa muito forte, e só sei que na hora que eu acabei os músicos da orquestra ficaram de pé, o pessoal da platéia também. Foi uma coisa muito bonita e aconteceu que a última palavra da melodia que eu cantei, eu cantei olhando pra esse garoto, “viver”, né. Porque eu acho que eu tinha decretado a minha morte, né, porque parar com música pra mim é igual a morte. E esse “viver” eu fiz olhando pra ele.</span><span style="letter-spacing: 0.85pt;"> Depois, mais tarde, eu chamei o garoto no camarim, porque ele passou uma energia pra mim que ele me desconcertou, tirou de minha cabeça aquela idéia de parar com música.</span><span style="letter-spacing: 0.85pt;"> MÁRCIO – Bendito menino. E você fez Rouxinol pra ele. Devia ter feito uma estátua.</span><span style="letter-spacing: 0.85pt;"> BITUCA – Cheguei e a música veio. Música e letra, no ato.</span></span></i></div></blockquote><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/w8bCGyPYq20?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; letter-spacing: normal; line-height: 16px;"></span></b><br />
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #555555; font-size: 13px; font-weight: bold; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><div style="text-align: right;"><div style="font-weight: bold;"><span class="Apple-style-span" style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; line-height: normal;"><strong><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; font-size: x-small; font-weight: normal; letter-spacing: 0.85pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"></span></strong></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small; letter-spacing: 1px;"></span><br />
<div style="display: inline !important; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small; letter-spacing: 1px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; line-height: normal;"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span class="apple-style-span"></span></span></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small; letter-spacing: 1px;"><span class="Apple-style-span" style="margin-bottom: 8.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><div style="display: inline !important; margin-bottom: 8.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"></div></span><div style="display: inline !important;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; line-height: normal;"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16px;"></span></span></span></div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; display: inline !important; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
<div style="line-height: 10.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="color: #555555; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 8pt;">Rouxinol tomou conta<br />
Do meu viver<br />
Chegou quando procurei<br />
Razão pra poder seguir<br />
Quando a música ia<br />
E quase eu fiquei<br />
Quando a vida chorava<br />
Mais que eu gritei<br />
Pássaro<br />
Deu a volta ao mundo<br />
E brincava<br />
Rouxinol me ensinou<br />
Que é só não temer<br />
Cantou<br />
Se hospedou em mim<o:p></o:p></span></div><span style="color: #555555; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 8pt; line-height: 115%;">(2x)<br />
Todos os pássaros<br />
Anjos dentro de nós<br />
Uma harmonia trazida<br />
Dos rouxinóis</span></div></span></div><div style="font-weight: bold; text-align: right;"></div><br />
<br />
<div style="font-weight: bold; text-align: right;"><br />
</div><b> </b><a href="http://museuclubedaesquina.org.br/museu/depoimentos/milton-nascimento/" style="font-weight: bold;">Para ver a entrevista completa, clique aqui.</a>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-88230481271224617832011-02-05T14:05:00.000-08:002011-02-05T14:50:35.351-08:00A menina que senta na frente<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA8LxwmKEj_-tripcvh22qmnhPIUgF99b_KTH11iFDWI3uO9GYXuiYAo59A6EI0HgVKP2Et_igrtjR51K-WKBqCQyTMpwC_OZ0g4Tj0ArB3B9J5wYAyM7fDweK2WOXrbj8CQ-mHUkP5FU/s1600/menina+rabiscada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA8LxwmKEj_-tripcvh22qmnhPIUgF99b_KTH11iFDWI3uO9GYXuiYAo59A6EI0HgVKP2Et_igrtjR51K-WKBqCQyTMpwC_OZ0g4Tj0ArB3B9J5wYAyM7fDweK2WOXrbj8CQ-mHUkP5FU/s320/menina+rabiscada.jpg" width="229" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheeo3eEtR6rJHssaNhx64U0U_oKuCtaRsoxv_xv_4nslG7vX0ydB9yvnTIYNsRk-oGBUeO7MJmGf9zhDzIHdYPVc6Hy8mvxTetBmG5r8gz5xQgYrX7GTBwbKcE1bv8fFWDp0BDzLWd1-I/s1600/menina+rabisco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br />
</a></div><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A menina que senta na frente prende parte dos cabelos no alto da cabeça e deixa pender os cachos por sobre o ombro. Recende deles um cheiro bom de manhã com café e leite. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A menina, quando senta na frente, deixa as pernas balançarem sem que os pés toquem o chão, e me carrega por minutos cheios de muitos segundos no vai e vem das pernas dela, enquanto o professor fala de algum assunto alheio ao movimento cadenciado e leve da existência dela.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A menina, finda a aula, presa no meu olhar infinitamente atento, apóia o pé esquerdo no chão, gira o corpo, ergue o quadril, e arruma com as mãos a blusa que mantém sempre dentro da calça. Meu coração, inda quieto de contemplação, principia disparada.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A menina vem morena e graciosa com sorriso de inacessível ‘nota dez’ para o meu saber parco e interesse pouco das coisas que não são dela. Tem um sorriso gigante de uns dentes imperfeita e lindamente colocados. Uns olhos pretos emoldurados por longos cílios. Um rosto comprido e fino, incapaz de abandonar meus pensamentos por um segundo que seja.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Da menina tudo pertenço, e de tudo me apodero: o andar macio com os pés afastados como relógio que marcasse dez pras duas, da testa alta e inteligente, dos óculos sempre levemente borrados, do jeito de cingir as sobrancelhas quando duvida de algo, do cheiro de lavanda, das coisas que dia a dia descubro no meu acanhado e silencioso observar.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Vem a menina que senta na frente e passa pelo invisível. E mora no invisível. E ocupa todas as coisas possíveis do invisível ser que a adora.<br />
<br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-size: x-small;">imagem, fonte: http://kaliblog.blogspot.com/2004_08_01_kaliblog_archive.html</span></div><div style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"> </div></div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-55195806310870007972011-01-28T14:53:00.000-08:002011-01-28T14:53:18.457-08:00um jeito de ver o Carnaval de Teresina<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O assunto da semana em todos os portais e jornal de Teresina foi a recomendação administrativa do Ministério Público, através da Promotora Leida Diniz, de que não houvesse repasse da ajuda de custo do município para as Escolas de Samba. O prefeito resolveu não brigar com o MP, e suspendeu o repasse que viabilizaria o desfile.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">As razões da recomendação? Pelo que se pode ler e ver nos meios de comunicação: a promotora acha – e aqui, pra mim, esse “ACHA” grita! – que há coisas mais importantes com o que a prefeitura se preocupar. Nas matérias que li não há menção sobre malversação do dinheiro público por parte das GRES, nem da prefeitura. Em reunião com os representantes das escolas ela disse ter conhecimento de que no carnaval “não se distribui leite”, e sim bebidas alcoólicas, e compara o orçamento público com o doméstico e encerra a reunião dizendo “vocês como donos de casa, pais de família, se estivessem com o orçamento apertado fariam festa ou pintariam a casa?” (não estive lá, não ouvi esta mesma frase, mas do que ouvi do presidente do Sambão, corroborada pelas entrevistas dela que li, ainda que sejam outras as palavras, a ideia continua a mesma). Vi em sua fala desconhecimento, preconceito e parcialidade.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O que a senhora Leida ignora, e não está sozinha, infelizmente, é que uma escola de samba gera renda, direta e indiretamente, para inúmeros e variados profissionais. Para ilustrar: figurinistas, costureiras, sapateiros, ferreiro, carpinteiro, músicos, coreógrafos, dançarinos, etc. Faz circular dinheiro na compra de tecidos, madeira, ferro, adereços, tintas, e etc. Isso sem falar naqueles que no dia do desfile vendem bebidas, comidas, empurram os carros alegóricos e mais etc. e etc.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Muito do que digo agora já foi repetido e argumentado em anos anteriores. Mais do que defender o carnaval de escola de samba, gostaria de levantar alguns questionamentos com base no que li ao longo de toda a semana no twitter.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Carnaval é cultura? Em sendo, é cultura de menor valor? Se considera que não é cultura, por que em Recife e em outros estados ele é considerado Patrimônio Imaterial?</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ah, o carnaval de Pernambuco é lindo? É? E ele estreou no mundo sendo lindo?</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Se o carnaval de Teresina não é lindo e lucrativo como em outras partes do Brasil é justo que se coloque a culpa única e exclusivamente nos diretores de escola de samba?</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Houve descontinuidade do carnaval de GRES, o que gerou insegurança e descrédito. Todos os anos havia insegurança quanto a realização dos desfiles. Sendo assim, como é possível que a escola de samba se prepare, e siga sozinha, sem saber – e em todos os dez anos que acompanho nosso carnaval foi essa peleja – se haverá desfile ou não? Se o prefeito vai garantir a infra-estrutura e os repasses? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Muitos são os especialistas, debochados, intelectuais, micareteiros, e “fiscais” de plantão, sendo levianos e desrespeitosos com quem faz com amor e garra o carnaval de Teresina. Mas todos esses, quando o carnaval chegar, vão para os seus sítios, para as praias vizinhas, para os festivais de música na serra...</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E de quem então ficavam lotadas as arquibancadas? Que pessoas estavam nas alas organizadas e coreografadas? De onde saíram todos aqueles cadeirantes que emocionaram o público no desfile do Sambão? Que pessoas eram aquelas indo e vindo com suas famílias, lotando as barracas ao longo da Marechal?</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">São moradores da Matinha, da Vila Betinho, do Poti Velho, do Bumba Meu Boi. São feirantes do mercado. São pessoas simples, de vida simples. São assalariados que só podem ir à praia se pagarem parcelado, uma excursão <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de 2 dias. Mas isso também é coisa de pobre, né?</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas na televisão, em 2009, mostraram a arquibancada descoberta e ela estava vazia. A repórter falava com outro colega no interior do estado e mostrava os blocos de trios elétricos: um mar de gente. E voltava para a arquibancada vazia, ignorando o porquê de ela assim estar: Chuva! </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[Qual? Aquela TV que há anos brigava por uma micareta. Que interesse teria, então? Pois é...]</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Por fim, se há desconfiança na aplicação do dinheiro por parte das escolas, a promotora deve fazer mais do que recomendar que não seja feito o repasse: denunciar. Quem deve que pague. Afinal de contas, como disse Paulo Andrade em comentário na coluna de Sérgio Fontenelle: não parece inteligente matar o boi para acabar com os carrapatos.</div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-81063531016150070572011-01-16T09:27:00.000-08:002011-01-16T09:27:32.920-08:00para uma menina<div style="text-align: justify;"><!--[if gte mso 9]><xml> <o:OfficeDocumentSettings> <o:RelyOnVML/> <o:AllowPNG/> </o:OfficeDocumentSettings> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:TrackMoves/> <w:TrackFormatting/> <w:DoNotShowInsertionsAndDeletions/> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:DoNotPromoteQF/> <w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> <w:SplitPgBreakAndParaMark/> <w:DontVertAlignCellWithSp/> <w:DontBreakConstrainedForcedTables/> <w:DontVertAlignInTxbx/> <w:Word11KerningPairs/> <w:CachedColBalance/> </w:Compatibility> <m:mathPr> <m:mathFont m:val="Cambria Math"/> <m:brkBin m:val="before"/> <m:brkBinSub m:val="--"/> <m:smallFrac m:val="off"/> <m:dispDef/> <m:lMargin m:val="0"/> <m:rMargin m:val="0"/> <m:defJc m:val="centerGroup"/> <m:wrapIndent m:val="1440"/> <m:intLim m:val="subSup"/> <m:naryLim m:val="undOvr"/> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
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</div><div> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Essa menina rosada e sorridente era falante, conversante, matracante. Queria ser passista da Escola de Samba, queria o disco da Kelly Key, queria cantar “Juvenar” do Karnak, queria estar comigo e com o pai aonde quer que a gente fosse. E nessa época, enquanto ela fazia parte da minha vida com uma definitividade perturbadora, eu só quis que ela um dia me <b>entendesse</b>.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas o que mais fortemente queria essa menina, uns cinco anos atrás, era crescer. E nessa de muito cedo querer ser dona do próprio nariz, de experimentar a vida na urgência que só os adolescentes têm, foi colecionando atropelos tantos quanto as cores de cabelos e piercing e gostos musicais e amigos virtuais quanto pudesse. Apareceram, então, os primeiros conflitos. Eu queria proteger, educar, fazer da minha asa o lugar mais seguro do mundo. Ela queria enganar o tempo na ilusão de que crescimento é liberdade. E a coisa que mais desejei foi que ela me <b>ouvisse</b>.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Há exatos três anos a menina fez quinze anos com uma bonita festa. E incumbida de dizer algumas palavras, fiz um poema, “que é coisa mais afeita às tuas luas”. E dizia “o amor não é dizido: é demonstrado. E o tanto que te amo, deixo ao teu coração, que sei: é sábio”. E tudo o que quis, com toda a força do meu coração, foi que ela <b>soubesse</b>.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Meses depois puxei a menina pelo braço e tive com ela a conversa mais franca da minha vida. E esperei, com a tranquilidade de quem se desnuda, que ela <b>acreditasse</b>.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Experimentamos então, a menina e eu, nos últimos dois anos, uma época de estranheza. Eu queria ver, no fundo daquela confiança adolescente, o coração da menina de vestido azul. Queria ver na alegria virtual daquela menina, a verdadeira alegria, aquela que não vai boca a fora, mas salta dos olhos, e invade gente a dentro; e não via. Queria ver nela dedicação e empenho com os estudos; o futuro. Queria que ela enxergasse o amor que mora nos detalhes... Mas nada quis mais fortemente, do que que ela se <b>lembrasse </b>dos nossos ensinamentos. </div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Hoje ela faz dezoito anos. E tudo o que desejo é que ela <b>seja feliz</b>. Porque sei que a <b>felicidade </b>não é um presente de Deus, é uma <b>conquista </b>nossa. Pra Deus faço as orações de quem ama. Pra ela peço apenas que não esqueça que nesses pouco mais de dez anos, se não fomos o que ela queria - o pai dela e eu - fomos o melhor que poderíamos. Que encontre quem na <b>verdade </b>é, e que tenha a verdade como <b>princípio</b>, porque é impossível ser feliz de mentira. Que não se acomode na própria inteligência. Que mais do que saber que pode, <b>faça!</b> Que mais do que sonhar, <b>realize!</b> Que mais do que dizer, <b>demonstre!</b></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Eu fico daqui, esperando – e acreditando – que mais tarde chegará o dia em que poderei dizer que a rechonchuda menina de bochechas rosadas e vestido azul, se transformou numa <b>bem sucedida</b> mulher, conhecedora de seu valor e potencialidades, dessas que de batalha em batalha vão colecionando muito <b>aprendizado</b>, e algumas <b>vitórias</b>. </div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E tudo o que quero, é que ela não queria pouco, porque sei, que com <b>esforço e dedicação</b> – e nada há de bom na vida que prescinda deles – ela <b>pode muito</b>.</div><style>
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</style><qtl class="" style="display: none; left: 320px; top: 889px;"> <qtlbar name="bar"><img src="http://www.qtl.co.il/img/copy.png" title="Copy Selction" /><a href="http://int.ask.com/web?siteid=10000861&webqsrc=999&l=dis&q=pode%20muito" target="_blank" title="Search With Ask"><img src="http://www.ask.com/favicon.ico" /></a><img src="http://translate.google.com/favicon.ico" title="Translate With Google" /></qtlbar> <iframe name="content"></iframe> </qtl>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-49761081712507732992010-12-23T05:10:00.000-08:002010-12-23T05:10:48.405-08:00Do que importa<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Fim do ano. Você, assim como eu, já deve ter recebido cartões de natal com votos de paz e prosperidade. Venho então, desejar os meus. E devo ter, no ano passado, desejado estas mesmas coisas. E se o faço agora, certamente, é porque é o que te desejo durante todo o ano.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Mas hoje venho desejar mais: desejo que mais do que tomado pelo espírito consumista do Natal de Noel, você seja tomado pelo espírito de fé, esperança, caridade e fraternidade do Natal de Cristo. E que mais do que dar presente, você dê afeto, carinho, e atenção. Porque presentes, no próximo ano, não deverão faltar. As novidades tecnológicas, os últimos lançamentos em livros e discos, os brinquedos da hora, e todas as coisas incríveis que nos convencerão de que precisamos ter e dar, estarão por aqui, cada vez mais novas, diferentes e igualmente incríveis. Mas as pessoas... as pessoas podem não estar. Pessoas tomam outros rumos, mudam de colégio, de emprego, de casa, e pior: mudam de plano. E com quem amamos em outro plano, perdemos a oportunidade do afago, do carinho, das demonstrações de amor.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Então, rogo a Deus que estejamos juntos, e com saúde. Que sejamos capazes de dar ouvidos, olhos e coração. Que em nossa mesa o alimento seja farto e repartido. Que em nossa casa tenha sempre lugar para receber e abrigar um irmão. E que estejamos sempre atentos para os pequenos grandes presentes que recebemos todos os dias. E que partilhemos, hoje e sempre, do amor que une todas as coisas.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Grande, afetuoso e aconchegante abraço, [sinta!]</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> e meu amor.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Samara Eugênia</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-17775078631482750022010-12-17T19:16:00.001-08:002010-12-17T19:16:57.072-08:00a quem interessa possa<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #984806; mso-themecolor: accent6; mso-themeshade: 128;">De tempos em tempos emudeço. A razão? Também pergunto. Em não achando resposta, continua cá dentro uma vontade incontrolável de dizer-me sem saber como, nem por que. Sobra o sentimento de que não há nada a ser dito, pela simples e tamanha desnecessidade de clarear o que já é lume. Então, se não há nada a contar, por que então não cessa essa ânsia de dizer?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #984806; mso-themecolor: accent6; mso-themeshade: 128;">Acabo de encontrar em Caio Fernando de Abreu, estampado num cartão criado pela Sayô [amiga querida], numa simplicidade desconcertante, uma possível razão. “E quem pode comigo quando digo o que sinto?”, li, encontrando a absurda verdade. Não posso. Nem quero. Nem devo dizer tudo o que sinto. Isso me colocaria em um estado de vulnerabilidade para o qual não estou, ainda, preparada.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #984806; mso-themecolor: accent6; mso-themeshade: 128;">Fato é que não cabe em mim tudo o que sinto e penso, e por isso acolho o grande vazio das coisas não ditas. É preciso dizê-las. Mas a repercussão disso, o entendimento disso, pode ser tão avesso ao que de fato é, que é preferível calar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #984806; mso-themecolor: accent6; mso-themeshade: 128;">Expor dói. Esconder dói ainda mais. Então, diga caro (a) amigo (a), que faço eu dessas coisas tantas que me atravessam o peito? Seguro o que escapa pela ponta da língua? Ou desentalo o que escorrega goela adentro? <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #984806; mso-themecolor: accent6; mso-themeshade: 128;">Lembrei-me de uma canção do disco “Peixes, pássaros, pessoas”, da Mariana Aydar: “vi que é melhor calar que falar, mas é cada uma que tenho que escutar...”, e deu vontade de rir. Por quê? É que os versos seguintes me dão uma saída, que se não é a melhor, é a mais bem humorada: “no momento não estou, mas deixe o nome após o sinal, que eu ‘tô’ pras bandas de lá, fui viajar, pra ver o sol morrendo no mar... pras bandas de lá... fui viajar, e desliguei o celular...”.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #984806; mso-themecolor: accent6; mso-themeshade: 128;">... e essas são as coisas de quem diz quando nada quer dizer, para quem interessar possa.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="color: #984806; font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px;"><i><br />
</i></span></span></div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-63242442316412860332010-08-17T13:38:00.000-07:002010-08-17T13:38:52.834-07:00Doador de sorrisos<div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; color: #303030; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mamãe sempre diz que nunca viu alguém gostar mais de comemorar seu aniversário do que o Tio Haroldo. Conta que na hora dos parabéns - quando a maioria dos adultos se constrange com o apagar das velhinhas - ele saltita, bate palmas, e ri como criança.</span></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; color: #303030; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Lembrei-me disso ontem, chegando ao hospital Walter Cantídio, em Fortaleza, para vê-lo. Catorze dias depois da cirurgia que lhe deu um novo fígado, assim que me vê, ele pede, como a mesma alegria de uma criança que exibe seus brinquedos novos, que me mostrem a cicatriz enorme no abdômen, e os pés e mãos desinchados. </span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os pontos estão sequinhos, e os pés e as mãos voltaram ao normal.</span></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; color: #303030; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ele fala que quer cortar o cabelo, lembra que o filho não quer que fique grisalho, pergunta da minha sogra, diz que já foi camelô, e parece querer descontar os dias em que emudeceu pela encefalopatia, a inflamação que causa alterações cerebrais pela disfunção do fígado.</span></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; color: #303030; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Também quer fotos com os médicos e as enfermeiras, e com Tia Jesus de um lado e Tia Joana do outro. Quando me afasto, diz: — O sorriso, o sorriso! Fotografa o sorriso! - para que lhe tirem a máscara do rosto.</span></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; color: #303030; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">O tempo parou por horas, naquele segundo. Tive a impressão de não ter feito a foto. Tive a vontade de ficar ali parada. Tive a certeza de que aquele era o “estado de graça” do catecismo da minha infância: o sorriso do tio Haroldo.</span></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; color: #303030; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Agradeci. Por ele, por tê-lo, por poder continuar a tê-lo. Pedi que bênçãos sejam derramadas na família do doador. Que outras pessoas e famílias sejam inspiradas pelo amor que é partilha e autorizem a doação de órgãos. </span></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; color: #303030; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">A fotografia? Está aqui embaixo. Está impressa. Vai se multiplicar entre os irmãos, sobrinhos e amigos. Mas o que rogo a Deus que se multiplique seja o sorriso. Que vendo o genuíno sorriso de quem nasceu de novo, sejamos capazes de semear a vida no lugar da dor. </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: #303030;"><span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: #303030;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que seja possível que a dor mais profunda de quem enterra os seus, represente renascimento e alegria para quem padece na imensa fila de transplantes no Brasil.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; color: #303030; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; color: #303030; font-family: Calibri;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-sEkCpbMxK_9ePm6dWKZzQCKear5Cc4DN4wQ1T6GweByRKVRoXs36PeTvmO2Co9lOsyRNfAkScJ1fU0uAypg43k-0SgAtFn62XT2tP0rT4-USPRNK5oW6tDfObZsOLYi60EFKF1wjuZs/s1600/DSCF4507.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-sEkCpbMxK_9ePm6dWKZzQCKear5Cc4DN4wQ1T6GweByRKVRoXs36PeTvmO2Co9lOsyRNfAkScJ1fU0uAypg43k-0SgAtFn62XT2tP0rT4-USPRNK5oW6tDfObZsOLYi60EFKF1wjuZs/s320/DSCF4507.jpg" /></a></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; color: #303030; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Calibri;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br />
</span></span></div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-49858519382757668512010-07-03T15:06:00.003-07:002010-07-03T15:09:18.712-07:00Civilidade<div style="text-align: justify;"> Duas apreensivas senhoras aguardam, no canteiro central de uma grande avenida de Teresina, um momento para atravessar pela faixa de pedestre. Paro. Enquanto passam, com certa dificuldade, uma amparando a outra, olham para mim e acenam com gratidão. Certamente elas sabem que não fiz favor algum, apenas cumpri com o meu dever, mas elas agradeceram.</div><div style="text-align: justify;"> Que favor, gentileza e educação tem sido cada dia mais difíceis de se ver, ninguém duvida; mas que o cumprimento de um dever, de tão raro que é, mereça ser agradecido, já é demais.</div><div style="text-align: justify;"> A faixa de segurança é sinalização horizontal transversalmente pintada no pavimento da via em cor branca, e dá ao pedestre preferência absoluta de passagem. Cabe ao condutor, diante desse tipo de sinalização, parar e aguardar a travessia do pedestre. Não é necessário que existam placas verticais, ou sinal sonoro. Não é necessário que o pedestre acene, ou que implore. Não é necessário a utilização de dispositivos auxiliares, ou que se coloquem setas luminosas com luz intermitente apontando para o lugar onde o condutor deve parar. Tampouco deveria ser necessário que se fizesse uma campanha de conscientização dos condutores a esse respeito.</div><div style="text-align: justify;"> Para o exercício do direito de dirigir é necessário passar pelo processo de habilitação, e o conhecimento da faixa de pedestre, e da obrigatoriedade de parada, é básico. Mesmo quem obteve a habilitação há muitos anos deveria saber – e sabe! – disso. </div><div style="text-align: justify;"> O que tem faltado, na verdade, não é conhecimento, é respeito. Respeito ao direito do outro de fazer a travessia em segurança; respeito à coletividade; respeito às leis e normas que regulamentam o espaço público; respeito a princípios básicos de convivência e humanidade.</div><div style="text-align: justify;"> De todas as normas de circulação e conduta, a que mais gosto, sem dúvida, é a obrigatoriedade que tenho, enquanto condutora, de parar para a passagem do pedestre. Para mim isso é mais que o cumprimento de um dever, é símbolo de respeito ao direito do outro. O ato de parar para que o outro passe me lembra que meu direito termina quando começa o direito do outro, e que saber fazer essa diferença é que é civilidade.</div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-4319107842927917112010-06-25T05:31:00.000-07:002010-06-25T05:31:56.424-07:00Rainha diferente<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.interfilmes.com/FILMES/21000/21012/fotocapa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.interfilmes.com/FILMES/21000/21012/fotocapa.jpg" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Há pouco resolvi assistir a um típico filme do Telecine Light: Uma rainha diferente. O filme conta a história de uma menina gorda escolhida rainha dos ex-alunos de uma escola americana. No roteiro, nenhuma surpresa; já esperava que a menina gorda e rejeitada, escolhida como uma espécie de piada, em certo momento se tornasse “pedante” diante do que conseguiu. Mas o que seria uma típica comédia adolescente sobre preconceito, pelos detalhes, acabou se transformando numa grande lição pra mim. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> A primeira cena que vi, já que peguei o bonde andando, foi um ensaio de desistência de Mag. Intimidada com a rica campanha da linda adversária, ela procurou a diretora do colégio para desistir. Mas percebeu que a diretora não só não acreditava que ela conseguiria ser eleita, como também se incomodava com o fato de uma garota gorda ser a imagem do colégio, e então, ao invés de pensar “tenho mesmo que desistir”, reafirmou a sua candidatura. Neste momento desejei ser aquela menina.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> No meio das coisas de praxe como apelidos, armações e intrigas, pude ver a auto-piedade e a auto-sabotagem. A garota forte que enfrentou a eleição sucumbiu à vaidade de ser vítima. Mas há vaidade em se colocar na posição de vítima? Há sim, e talvez essa tenha sido a grande lição. Ser vítima tira de mim a responsabilidade pelas minhas escolhas, e isso por vezes é tão fácil e cômodo, quanto oportuno e proveitoso. Sendo o centro das atenções por ser gorda e por isso perseguida, ela esqueceu de representar aqueles que por razões diversas também se sentiam preteridos como ela.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> A conseqüência dessa atitude se pode ver, principalmente, dentre os amigos que ajudaram na campanha. A melhor amiga dá a chave: “nada vai mudar, se você não muda”, mas ela ainda é incapaz de enxergar isso. Sozinha, veio a auto-sabotagem. O medo do desconhecido, a insegurança, a certeza de ter agido mal fizeram com que ela se escondesse, e pensasse em desistir. E mais uma vez eu quis ser aquela garota.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Várias foram as passagens que me fizeram pensar, e vários foram os detalhes que acenderam em mim alertas, mas é impossível colocá-los, todos, aqui.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Basta que eu diga que ela foi coroada; e que sob vaias assumiu que errara, mas que gostaria muito, de assim como eles, continuar de cabeça erguida pelo que haviam conseguido até ali. Ela entendeu que aquela não era uma jornada contra os outros, mas contra ela mesma, e se sentiu feliz de ter enfrentado todos os seus medos usando um vestido maravilhoso.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Eu, cativa de muitos medos, desejei mais do que em qualquer outro momento, ser como aquela garota. E diante dos créditos subindo na tela da TV, vi-me enfrentar meu medo primeiro: o de sucumbir a eles – os medos que paralizam.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3613096643952448013.post-12342022342973436332010-06-22T20:30:00.000-07:002010-06-24T19:08:01.757-07:00Remendado do Senado<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><blockquote><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">“Foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), em regime terminativo, projeto de lei, de iniciativa do senador Raimundo Colombo (DEM-SC), que autoriza o parcelamento do pagamento das multas de trânsito em até seis vezes.” (ultimosegundo.ig.com.br)</span></span></span></blockquote><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span class="apple-style-span"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Lida a notícia, concluí que, definitivamente, este é o país do remendo. E este “remendo” é filho ilustre, preparado, educado, e institucionalizado do famoso – famosíssimo - jeitinho brasileiro.<o:p></o:p></span></span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span class="apple-style-span"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Temos as leis que criam a conduta. Temos a lei que diz quais as penalidades aplicáveis em caso de desobediência da conduta. E agora temos a lei que parcela a penalidade para o condutor que infringiu a norma criada, porque ele tem dificuldade no pagamento integral.<o:p></o:p></span></span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span class="apple-style-span"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">O senado, preocupado com a incapacidade de pagamento das multas, resolve instituir o parcelamento. Como se o cometimento de infração não fosse voluntário. Como se o volume de multas não significasse que o condutor que tem um alto valor a pagar é infrator contumaz. Como se precisássemos facilitar a vida daqueles que são responsáveis por estarmos inseguros e em perigo no trânsito. Como se não fossem, muitas vezes, responsáveis por danos patrimoniais, seqüelas físicas e psicológicas, e mortes.<o:p></o:p></span></span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span class="apple-style-span"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Esquece o senado, que a infração é ato voluntário, e tão pernicioso, que a ele é atribuída a tal penalidade que parcela, como forma de coibir o seu cometimento. Esquece o senado que vivemos uma “epidemia” de violência e morte no trânsito. <o:p></o:p></span></span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span class="apple-style-span"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Como corro o risco de ser interpretada como exagerada e intolerante, proponho uma reflexão simples: se alguém não cometer uma infração vai ser penalizado? Não! Se você for desatento, e estacionar em local proibido pela sinalização, poderá ter que pagar multa de R$ 85,13. Se você for imprudente e exceder o limite de velocidade em até 20%, nas vias arteriais, deve pagar R$ 127,69. As infrações gravíssimas como trafegar com motocicleta fazendo malabarismo são punidas com multa de 191,54. Algumas infrações, pelo perigo que envolvem, são multiplicadas por 3 (dirigir sem habilitação, fazer racha, transitar em velocidade superior à máxima em mais de 50%, p. ex), ou 5 (dirigir com a CNH caçada ou embriagado, p. ex.). R$ 574,62, e R$ 957,70, respectivamente. <o:p></o:p></span></span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span class="apple-style-span"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">O estacionamento não é proibido à toa, nem o limite de velocidade, portanto, o condutor deverá ser penalizado segundo a gravidade da sua infração. Não duvido que alguém tenha dificuldade em pagar o valor da infração média, mas a lição é simples, e em geral compreendida: seja cuidadoso, atencioso, e não será sacrificado. Mas se o perigo é potencial nos outros exemplos? Se há implicação direta nos demais usuários do trânsito? Nestes casos não é descuido, desatenção, é imprudência, irresponsabilidade, desrespeito aos outros.<o:p></o:p></span></span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span class="apple-style-span"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">A reflexão: quem o parcelamento ampara? o cumpridor dos seus deveres e responsabilidades, o condutor que não está livre do cometimento de um erro, ou o infrator contumaz?</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><o:p></o:p></span></span></span></span></span><br />
<span class="apple-style-span"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></span></span></span><br />
<span class="apple-style-span"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></span></span></span><br />
<span class="apple-style-span"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></span></span></span><br />
<span class="apple-style-span"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></span></span></span><br />
<span class="apple-style-span"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: #783f04;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></span></span></span><br />
<span class="apple-style-span"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><span class="Apple-style-span" style="color: #cccccc;"><br />
</span></span></span></span></span></div></span></span>Samara Eugêniahttp://www.blogger.com/profile/04696078572285568178noreply@blogger.com1