Tudo é tão bom e azul
E calmo como sempre
Os olhos piscaram de repente
Um sonho
E calmo como sempre
Os olhos piscaram de repente
Um sonho
As coisas são assim
Quando se está amando
As bocas não se deixam
E o segundo não tem fim
Quando se está amando
As bocas não se deixam
E o segundo não tem fim
Um dia feliz
Às vezes é muito raro
Falar é complicado
Quero uma canção
Às vezes é muito raro
Falar é complicado
Quero uma canção
Fácil, extremamente fácil
Pra você, e eu e todo mundo cantar junto
Fácil, extremamente fácil
Pra você, e eu, e todo mundo cantar junto
Pra você, e eu e todo mundo cantar junto
Fácil, extremamente fácil
Pra você, e eu, e todo mundo cantar junto
Tudo se torna claro
Pateticamente pálido
O coração dispara
Se eu vejo o teu carro
Pateticamente pálido
O coração dispara
Se eu vejo o teu carro
A vida é tão simples
Mas dá medo de tocar
As mãos se procuram sós
Como a gente mesmo quis
Mas dá medo de tocar
As mãos se procuram sós
Como a gente mesmo quis
Um dia feliz
Às vezes é muito raro
Falar é complicado
Quero uma canção
Às vezes é muito raro
Falar é complicado
Quero uma canção
Fácil, extremamente fácil
Pra você, e eu e todo mundo cantar junto
Fácil, extremamente fácil
Pra você, e eu, e todo mundo cantar junto
Pra você, e eu e todo mundo cantar junto
Fácil, extremamente fácil
Pra você, e eu, e todo mundo cantar junto
Esta foi, na verdade, a primeira música que chamamos de “nossa”. Quando nos conhecemos, esta era a música mais tocada nas rádios e festas de Teresina. E virou nossa marca. E todas as vezes em que a gente se desentendia (e não eram poucas), ela tocava. A gente se olhava, sorria, e fazia as pazes. Era uma espécie de sinal. Coisa tola de gente apaixonada, claro, já que era natural que a música de maior sucesso no Brasil naquele ano, tocasse o tempo todo.
Parecia falar da gente. Nos sonhos, na urgência do amor que parecia não ter tempo de esperar. No coração em disparada em todos os encontros. E o nosso desejo de que tudo fosse “fácil, extremamente fácil”.
Hoje, quando toca “fácil”, a gente ainda se olha com aquele mesmo olhar de cumplicidade, e ri, lembrando do tempo em que pensava que ela tocava só pra gente.